Quer ter sucesso? Saiba identificar o bom e o mau fracasso

A evolução do ser humano e a mudança de pensamentos ao longo dos anos tornaram possível a ressignificação de alguns conceitos, dentre eles o de fracasso. Se anteriormente a falta de êxito era vista como algo imperdoável, passível de punições, agora pode ser considerada uma oportunidade para crescer, se desenvolver e atingir o sucesso.

Quantas histórias de inspiração conhecemos? Como a de Walt Disney, que anos antes de criar seu maior personagem de sucesso foi demitido de seu trabalho em um jornal sob a justificativa de “falta de imaginação e boas ideias”. Podemos citar também a jornada de Steve Jobs, que deu o primeiro passo para a criação da Pixar ao se tornar persona non grata na empresa que ele mesmo fundou, a Apple. É correto dizer que, em ambos os casos, os envolvidos conseguiram encontrar uma forma de diferenciar o bom e o mau fracasso.

Original no blog da FIA/USP

O bom fracasso

Pesquisadores ao redor do mundo afirmam que o ser humano é capaz de se reerguer diante de algumas negativas e defendem que uma sequência de tentativas e falhas é responsável por aprimorar habilidades. Psicólogos e filósofos acreditam que as transformações nas vidas das pessoas são desencadeadas por algum tipo de fracasso, seja um emprego arruinado, um casamento que não deu certo ou uma escolha de vida malsucedida.

O mau fracasso

O filósofo Jonathan Mitchell descreve o mau fracasso como “fracasso existencial”. É aquele que nenhuma narrativa de sucesso ou otimismo é usada como mola propulsora para uma posterior melhora, no qual o indivíduo é tomado por emoções fortes e negativas, capazes de abalar a autoestima.

No mercado de trabalho, podemos considerar que a diferenciação entre o bom e o mau fracasso depende da cultura do feedback. Por meio do diálogo, é possível analisar o motivo da falha, afastando-se do que deu errado e focando em quais habilidades serão necessárias para que o erro não se repita.

Pensando nisso, separamos algumas dicas sobre como quebrar o ciclo de culpa e trabalhar em uma cultura organizacional em que os colaboradores se sintam seguros para expor seus equívocos e, consequentemente, obter sucesso futuro:

• Construa um lugar seguro para que os funcionários possam expressar suas demandas, necessidades, sentimentos e pensamentos;
• Dê espaço para que suas equipes possam experimentar novas formas de trabalhar;
• Evite sobrecarregar os profissionais com funções e tarefas excessivas;
• Forneça as ferramentas e as informações necessárias para que os colaboradores desempenhem suas atividades da melhor forma possível;
• Elabore estratégias que contribuam para a construção de uma cultura de aprendizagem e troca de experiências.

Seja bom ou mau, um fato é certeiro: o fracasso cria resiliência e coragem, além de ter o poder de impulsionar uma mudança de direção.

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