Desvendando o Gap entre Estratégia e Execução com o Project Management Office e o Value Management Office

Por que ter um PMO?

O Escritório de Gerenciamento de Projetos, ou PMO, como costuma ser chamado, é comumente encontrado em organizações onde o gerenciamento de projetos é o principal meio pelo qual a mudança nos negócios é realizada.

Na verdade, basta um ou dois grandes fracassos em projetos para que os executivos percebam por que ter um PMO é tão importante. Pode ser muito limitante para os líderes quando um grande projeto ou diversos projetos saem dos trilhos simultaneamente. O PMO normalmente reduz o risco de gerenciamento de projetos ao padronizar e formalizar a forma como os projetos são entregues, evitando assim calamidades no futuro. Bem, pelo menos essa é a teoria.

Por Mario H Trentim no Linkedin Pulse

Mas um PMO nem sempre é uma boa ideia

Quando uma organização precisa integrar um negócio adquirido por meio de algum tipo de acordo de M&A (Fusões e Aquisições), a coordenação geral pode recair sobre a função interna do PMO.

Embora o PMO interno possa parecer a escolha natural, na realidade nem sempre é uma boa ideia. Algumas razões:

• Um PMO interno geralmente não tem capacidade para realizar o que poderia ser um exercício consideravelmente maior.

• Sua autoridade e amplitude de controle geralmente são limitadas aos projetos táticos e operacionais necessários para manter as luzes acesas.
• É pouco provável que tenha as competências, capacidades e espírito comercial necessários para assumir algo tão estrategicamente importante.
• Supõe implicitamente (incorretamente) que uma integração de negócios é “apenas mais um exercício de gerenciamento de projetos”.

Configurar uma IMO é uma alternativa melhor

Comumente conhecido como Integration Management Office (IMO), sua função é atender às demandas exclusivas que uma integração de M&A (Fusões e Aquisições) impõe a uma organização.

Um IMO atua como diretora de todas as atividades de integração. Também pode ter seu próprio centro de custo exclusivo para capturar os custos relacionados à integração.

A IMO pode ser uma força verdadeiramente poderosa e positiva, pois tem a capacidade de fazer com que as partes interessadas, os executivos e as equipes trabalhem num ritmo regular e rítmico. Além disso, ao acompanhar e relatar o progresso, todos sabem onde estão e o que resta fazer.

Certo, mas como lidar com a ambidestria organizacional e a dinâmica dos negócios?

No entanto, muitas organizações estão cada vez mais olhando para as fusões e aquisições como uma forma de transformar o que fazem atualmente. Eles querem definir o seu próprio futuro e não se esconder dele. Além disso, o que procuram não são apenas poupanças a curto prazo, mas também sinergias de receitas que constituem uma promessa especial para um crescimento empresarial mais significativo e sustentado. Isso pode envolver um melhor envolvimento do cliente, novos produtos ou recursos que eles não possuem atualmente.

Diga olá ao VMO

Em comparação com as sinergias de custos, a execução da sinergia de receitas é um exercício muito mais exigente. É aqui que entra um Value Management Office (VMO). Embora possa parecer algum tipo de mudança rápida de nome criada por algum departamento de marketing, um VMO é na verdade um tipo de construção muito diferente. Vamos explicar as diferenças.

O VMO é uma função empresarial e de negócios

Ao fazer da noção de valor o foco e a razão de ser, o VMO torna-se uma função empresarial – e não apenas uma função de gerenciamento de projetos, com um centro de excelência único e altamente digno. Isto dá ao VMO um tipo especial de virtude que silencia os pessimistas que pensam que pode ser algum tipo de sobrecarga burocrática.

O VMO trata de resultados de negócios

Em segundo lugar, o VMO supervisiona tanto o planejamento e a execução dos projetos como os resultados de negócios que produzem. Isto assegura um equilíbrio entre “fazer as coisas bem” e “fazer a coisa certa”. Afinal, ninguém quer dizer a um piloto: ‘ótimo pouso, aeroporto errado!’

O VMO tem uma contribuição singular

Em terceiro lugar, as organizações são um tanto aleatórias quando tentam identificar, avaliar e priorizar oportunidades de criação de receitas e novos negócios. Eles certamente tentarão, mas muitas vezes não possuem as habilidades, ferramentas e técnicas necessárias para fazê-lo bem – simplesmente não é o seu forte.

É aqui que um VMO vem em socorro como uma opção singular. Através de profundo conhecimento, coaching pessoal e workshops facilitados, um VMO pode ajudar indivíduos e equipes a adquirirem habilidades e conhecimentos sobre como o valor pode ser projetado com sucesso.

Além disso, um VMO pode ajudar e dar clareza analítica aos conjuntos significativos de oportunidades que normalmente são ignorados.

O VMO centra o mindset no valor

Finalmente, o monitoramento, a medição e o relatório do scorecard de valor têm uma maneira de mudar comportamentos e as coisas sobre as quais a administração fala. Quer se trate de ajustar uma característica do produto, mudar o marketing ou modificar o modelo de lucro, a conversa deve sempre girar em torno das sinergias e das várias alavancas de valor que proporcionam o motor do crescimento. Com um scorecard de rastreamento de valor implementado, as conversas regulares e as rotinas de gerenciamento começam a mudar.

Resumindo

Um VMO trata de oportunidade – identificá-la, avaliá-la e, por meio de persistência obstinada, implementá-la. É fundamentalmente um exercício inovador, pois obriga a organização a pensar, gerir e agir de forma diferente. A oportunidade pode de fato tornar-se realidade – uma vez que a gestão do valor se torne parte do ritmo diário de trabalho.

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