O assustadoramente crível “Princípio da Incompetência de Peter”

Agilidade

Em uma estrutura hierárquica saudável, o reconhecimento de um trabalho bem-feito, geralmente, vem na forma de uma “promoção”.
Eventualmente, depois de sucessivos reconhecimentos, mesmo as pessoas que já foram excelentes são promovidas (ou condenadas?) a uma posição onde, finalmente, atingem seu “nível de incompetência”.

Em uma hierarquia, todo funcionário tende a ser promovido até atingir seu nível de incompetência.

Esse é o Princípio de Peter, formulado por Lawrence J. Peter, e publicado em livro homônimo escrito em parceria com Raymond Hull, em 1969 (há mais de cinquenta anos).

Em uma hierarquia, o trabalho é realizado por aqueles funcionários que *ainda* não atingiram seu nível de incompetência.

Curiosamente, o livro foi escrito como sátira para livros de negócio. Ele apresenta resultados de pesquisas que nunca ocorreram para sustentar seus argumentos e conclusões. Mesmo assim, é empiricamente relevante. No livro, Peter discorre sobre uma ciência fictícia, a “hierarquiologia”, para destilar suas críticas ao jogo corporativo.

Original no Eximia

Segundo o “princípio”, uma vez promovida ao “nível de incompetência”, a pessoa dificilmente será demitida ou mesmo substituída – apenas ficará “estagnada”.
Isso acontece porque o “sistema se protege” e, em consequência disso, apenas os muito incompetentes ou, no outro extremo, os muito competentes não resistem.

As justificativas encontradas para a “manutenção dos incompetentes” são três:

1. Demonstram aparente comprometimento com a empresa. Não raro são os primeiros a chegar e os últimos a ir embora;

2. Acumulam anos de conhecimento e expertise sobre a companhia obtidos nos anos em que ainda ocupavam cargos da época em que ainda eram úteis competentes;

3. São “gerenciados” por gente que também atingiu seu “nível de incompetência”.

Pessoas que foram promovidas ao seu “nível de incompetência” geralmente são “contornadas” por aqueles que ainda se empenham em fazer o trabalho acontecer.

Embora o princípio tenha inspirado vários trabalhos sérios, ainda não foi comprovado. Entretanto, inspira uma boa reflexão e um alerta.
Há quanto tempo você, amigo leitor, não é promovido?

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