A inteligência artificial é uma ferramenta para potencializar o trabalho humano

Nos últimos anos, muito se tem falado sobre os supostos riscos de substituição de humanos por IA. Muita gente influente prevê um futuro em que máquinas substituirão a maioria das profissões, causando desemprego em massa. No entanto, essa narrativa pode estar mais fundamentada em exageros do que em fatos concretos.

Por Cezar Taurion no LinkedIn

Daron Acemoglu, renomado economista e vencedor do Prêmio Nobel, desafia o discurso alarmista. Ele afirma: “Não acredito que nenhuma ocupação atual será eliminada nos próximos cinco ou dez anos.” E complementa: “Não se deixe levar pelo exagero. O sensacionalismo é um inimigo do sucesso nos negócios. Em vez disso, pense em como seu recurso mais valioso, o capital humano, pode ser melhor aproveitado.”

Acemoglu critica especialmente a ideia de que a Inteligência Geral Artificial (AGI) está prestes a se tornar realidade. Esse é um argumento que persiste há décadas. Em 1970, Marvin Minsky, pioneiro da IA, previu que, em três a oito anos, teríamos máquinas com inteligência equivalente à humana, capazes de ler Shakespeare, consertar carros e até mesmo fazer política. Mais de 50 anos depois, essa promessa ainda não se materializou.

Alguns líderes, como Marc Benioff (CEO da Salesforce), defendem que a IA já está transformando radicalmente o mercado de trabalho. Benioff chegou a afirmar que “30% a 50% das operações da Salesforce são realizadas por IA.” No entanto, Acemoglu contesta essa visão: “Gostaria de ver o CEO da Salesforce explicar, em seu próximo relatório financeiro, quais foram os 50% dos empregos automatizados e quanto dinheiro isso economizou.” Dados do LinkedIn mostram que a Salesforce continua crescendo organicamente (8% em receita) e aumentando seu quadro de funcionários (4%). Ou seja, a produtividade melhorou marginalmente, mas não há indícios de uma revolução impulsionada pela IA.

Muitas empresas estão experimentando ferramentas como ChatGPT e Microsoft Copilot, mas ainda não há soluções prontas para substituir funções inteiras. A IA atual é mais um complemento do que um substituto. Os CEOs estão pressionando por adoção de IA, mas isso tem levado mais a uma pausa em contratações do que a demissões. Empresas ainda estão tentando entender como reorganizar funções, não como eliminá-las. Em vez de temer a IA, as empresas devem enxergá-la como uma ferramenta para potencializar o trabalho humano.

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