Sinais indicativos da falta de planejamento na sua organização
por Joel Solon Farias Azevedo, diretor da ProValore
Mesmo depois de vários planejamentos estratégicos as coisas ainda continuam difíceis e complicadas na sua organização? Porque a decisão demora tanto? Porque as decisões ainda são reativas?
Listamos abaixo mais alguns sinais de que a sua organização precisa elevar o seu nível de maturidade em planejamento e gestão:
Problemas de comunicação
Sua organização tem um plano estratégico completo e detalhado que na prática não foi comunicado adequadamente (as pessoas não conhecem e não entendem). E as decisões costumam não seguir este plano.
Problemas com a gestão de resultados
Sua organização tem objetivos e metas definidos mas não gere adequadamente o alcance dos resultados ainda na tendência, a ponto de tomar decisões de priorização e despriorização de ações e de aumentar o esforço ainda no meio do ciclo, de forma a garantir o alcance das metas.
Problemas com a gestão do desempenho dos processos
Os resultados dos processos não são medidos adequadamente e/ou não estão disponíveis tempestivamente para suporte à tomada de decisão para todos os gestores em todos os níveis.
Problemas com a gestão do desempenho da mudança e dos projetos
Ainda são aprovadas ideias e não projetos, sem análise de viabilidade e o planejamento mínimo necessário à execução com sucesso.
Ainda são escolhidos gerentes para os projetos sem observar os critérios de competências gerenciais e perfil adequado para o cargo e o tamanho do desafio.
Ainda opera-se na premissa falha de que um gestor de processo pode acumular a gestão de um projeto, quando todo mundo sabe que isto não dá certo.
Problemas de governança
A baixa orientação ao futuro e alta orientação ao passado (aquilo que comumente chamamos de conservadorismo) contribui para a manutenção de práticas arcaicas de controle operacional excessivo que infelizmente só contribuem para a redução do apetite ao risco positivo e ao desperdício de oportunidades. Ao contrário, estimula o medo e o viés para o risco negativo carregando custos desnecessários, na perspectiva quase sempre falsa da punição pelos erros cometidos.
Os intervenientes internos da governança, como conselhos, comitês e especialmente a auditoria não detém a informação gerencial necessária à tomada de decisão estratégica de qualidade.
A concentração de poder nas áreas e nas pessoas oculta ou dificulta o acesso à informação gerencial, que deveria estar disponível a todas as pessoas em sistemas de gerenciamento, inclusive com a informação da tendência de alcance ou não dos resultados negociados coletivamente e individualmente para o período de avaliação.
A unidade de auditoria ainda opera na lógica de conformidade e compliance, portanto, no passado e no presente e sem orientação para a melhoria e a mudança, no futuro.
Problemas de integração
As diversas áreas e funções administrativas distribuídas na organização tem baixa integração e operam quase como unidades autônomas. Temos visto casos até de orçamento inercial próprio das áreas, desconectados da estratégia.
Problemas no processo decisório e na cultura organizacional
Excesso de poder concentrado na alta administração e permissivismo para com a decisão monocrática até mesmo sem considerar pareceres de órgãos técnicos, em detrimento da decisão colegiada, de melhor qualidade e de menor risco.
Na ausência de uma cultura proativa e orientada à mudança e integração de resultados e benefícios para os clientes e colaboradores, costuma ocorrer uma cultura reativa com culto aos heróis de curto prazo apagadores de incêndios, decorrentes justamente da falta de planejamento.
A tempestividade da decisão (normalmente lenta) não atende à velocidade da mudança requerida nos ciclos de mudança, que são cada vez mais curtos. Como consequência a organização vai ficando cada vez mais desatualizada, cada vez mais rápido.
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