As dúvidas mais comuns em relação à IA
Pergunta: “A IA Gen entende o que diz?”.
Bem, muita gente acredita que a IA “entende” o que está dizendo. E é fácil cair nessa percepção, pois a fluência é alta, a estrutura é coerente, o tom é muito convincente. Parece um diálogo. Parece raciocínio. Parece intenção. Mas não é.
Modelos generativos, como GPT, Claude ou LLaMA, não possuem consciência, intenção, entendimento ou “contexto interno”. Eles não sabem o que estão falando, no sentido humano da palavra. Eles predizem a próxima palavra com base em probabilidades aprendidas em grandes volumes de texto.
Por Cezar Taurion, no LinkedIn
Quando a frase soa inteligente, não é porque a IA compreendeu. É porque o padrão estatístico encaixou. A diferença é profunda. Acreditar que a IA entende pode levar a aceitar conclusões erradas com confiança, delegar decisões para sistemas que não compreendem o impacto delas, e superestimar o “raciocínio” quando ele é apenas correlação.
A chave não é “confiar ou não confiar” na IA. É entender o que ela é capaz, e o que não é. A IA generativa é poderosa em síntese, análise de padrões e aceleração cognitiva. Mas compreensão real, julgamento e intenção continuam humanos. Não podemos confundir fluência com inteligência. Não é a IA que nos engana. Somos nós que queremos acreditar.
Outra pergunta: “A IA é confiável?”.
A IA generativa responde com convicção. Sempre. Mesmo quando está errada. E esse é o ponto central do problema. Ela não sabe quando não sabe. Por isso, a questão não é apenas “a IA erra?”. É o modo como ela erra. Com autoridade, com naturalidade e com convicção. O modelo “preenche lacunas” com informação fabricada, porém plausível. Não existe IA Gen confiável. Existe a IA Gen supervisionada.
Lembre-se que a IA não elimina a responsabilidade. A multiplica. Quem entende o domínio, usa IA como amplificador. Quem não entende, vira espectador de respostas bonitas e erradas.
E uma terceira: “Como usar IA sem depender cegamente dela?”.
A eficácia da IA depende menos da IA e mais de quem pergunta. Quando alguém domina o assunto, a IA acelera, amplia e conecta insights. Quando alguém não domina, a IA engana, simplifica demais e cria uma falsa sensação de compreensão.
Quem sabe do domínio, usa a IA como força multiplicadora. Quem não sabe é conduzido pela IA, sem perceber. A IA não elimina a necessidade de pensar. Ela torna ainda mais evidente quem pensa e quem apenas repete.
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