O desafio da Curva de Inovação

Everett Rogers foi um especialista em comunicação e sociologia, mais conhecido pela difusão do termo adopter em seu trabalho sobre a Difusão da Inovação. Sua contribuição tornou-se especialmente conhecida, pois fundamentou os caminhos para diversas estratégias de inovação que as empresas aplicam, buscando um modelo para prever o comportamento da inovação em diferentes sistemas sociais.

Original no blog Xtree.com.vc

Com o modelo de 3 Horizontes, foi possível entender como priorizar produtos, serviços ou iniciativas para explorar novas oportunidades dentro da sua empresa. Com a curva de inovação, é possível entender como ofertar essas inovações para o mercado:

  • Como um mercado adere à um produto ou serviço inovador?
  • Como ofertar produtos ou serviços inovadores, em cada estágio da adoção do mercado?
  • Como superar o gap entre os primeiros clientes e o público geral?
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Os elementos da difusão

O processo de adoção da inovação pode ser entendido por alguns fatores que, se compreendidos em profundidade, podem se tornar ferramentas poderosas para difundir novas ideias. Segundo Rogers (1995), a difusão pode ser entendida como: uma inovação comunicada através de certos canais, durante certo período, através dos membros de um sistema social.

A partir desta definição, é possível destacar alguns fatores relevantes:

A inovação

Para Stefan Thomke, autoridade de Harvard em Gestão da Inovação, a Inovação possui 2 pilares: novidade e valor. Ou seja, além de tratar-se de algo novo, é preciso gerar valor para alguém. Dentro do mercado, isso pode acontecer em diversas esferas: produtos ou serviços, tecnologias, processos, novos mercados ou canais e novos modelos de negócios.

Segundo Rogers (1995), para que um produto ou serviço inovador seja atraente para o mercado, é preciso atuar em 5 características:

  • Vantagem relativa: o quanto o produto/serviço é melhor que o anterior?
  • Compatibilidade: o quanto o potencial usuário percebe que a solução é compatível com valores, experiências passadas e/ou necessidades que enfrenta?
  • Complexidade: o quanto a nova solução é percebida pelo potenciais usuários como difícil de implementar e utilizar?
  • Capacidade de teste: o quanto é possível experimentar a solução antes de assumir riscos?
  • Visibilidade: o quanto é possível observar os resultados da adoção à inovação?

Os Adopters Indivíduos e organizações possuem níveis diferentes de aderência à inovações. Uma das maiores contribuições desse modelo está na categorização destes grupos:

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Inovadores (2,5%): Estes são os primeiros indivíduos a testar novas ideias. Sua aversão ao risco é baixa e, geralmente, possuem recursos para investir na adoção dessas inovações. São menos integrados com o sistema social ao seu redor e, portanto, apesar de se tornarem os primeiros clientes, não são influenciadores eficientes.

Primeiros Adeptos (13,5%): Este grupo é mais integrado com o ambiente social ao seu redor que os inovadores, possuindo o maior potencial de influência de opinião do modelo. Existem trocas mais intensas de informações e conselhos sobre inovações neste grupo, além de um baixo grau de aversão ao risco.

Maioria Inicial (34%): O primeiro dos dois grandes grupos desse modelo. A Maioria Inicial está um pouco mais propensa que a média na aderência à inovações propostas pelo Primeiros Adeptos. Raramente são formadores de opinião.

Maioria Tardia (34%): Compõe o segundo maior grupo do modelo, caracterizado por pessoas com maior ceticismo e resistência à mudanças. Por esses motivos, demoram um pouco mais que a média para se adaptar às inovações.

Retardatários (16%): Grupo com alta aversão à mudanças, composto por indivíduos com fortes crenças e hábitos que dificultam a penetração de novas ideias. Essas pessoas sofrem o risco constante de tornarem-se ineficientes.

Portanto, grande parte do processo de introdução de uma inovação para o mercado, está na execução de estratégias para interagir com esses diferentes perfis de adopters. Geoffrey Moore, em seu livro “Crossing The Chasm”, debate sobre a dificuldade que as empresas encontram para conseguir penetrar seus produtos ou serviços na Maioria Inicial. Esse gap é chamado de Abismo.

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Como gerenciar a difusão da inovação para superar o abismo?

O tempo e os canais de comunicação são partes essenciais desse modelo, responsáveis por possibilitar que os indivíduos decidam entre adotar ou não a ideia. O Processo de Decisão da Inovação é o conjunto de ações que os indivíduos percorrem para decidir se irão ou não adotar a inovação, a partir do momento que tomam ciência de uma inovação. Entendendo suas variáveis, esse processo pode ser influenciado.

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