Liderança nos novos tempos
Já é um clichê que a liderança atualmente é totalmente diferente de alguns anos passados, pois há uma nova geração de líderes que está assumindo posições importantes nas organizações, fazendo com que esse processo seja naturalmente diferente. Porém, além disso, uma evolução no entendimento das necessidades dos colaboradores também ajuda para essa mudança na visão de liderança.
Por Chafi Rimi Filho no sebraepr
O líder como gestor de talentos
A cada ano mais e mais organizações, e líderes, se dão conta de que a evolução e a mudança constante dos métodos de liderança são a chave para o sucesso do negócio, pois tudo se baseia na gestão de pessoas e sem elas as coisas simplesmente não acontecem.
Por mais tecnológica que seja a organização, o produto ou o serviço, as pessoas sempre terão um papel fundamental no desenvolvimento da organização e, é claro, no desenvolvimento da própria tecnologia utilizada.
A liderança deve ficar atenta a esses talentos, a essas pessoas que podem contribuir de forma cada vez mais atuante, ajudando no desenvolvimento do profissional, do produto ou serviço, da organização e da sociedade de maneira geral.
Imaginem uma sociedade em que cada geração não ensina tudo o que sabe para as gerações seguintes, ou seja, a cada mudança de gerações o conhecimento e o compartilhamento das informações ficariam comprometidos, até a falência total desse sistema?
Não me lembro de termos algo parecido com esse exemplo extremo que citei, mas já vi sim muitos líderes não ensinarem o que sabem e, muitas vezes, se sentirem incomodados com colaboradores que simplesmente tentam inovar e se mostram capazes de crescer, e esse é um dos grandes problemas em que as gerações antigas muitas vezes tem dificuldade de aceitar, mas que bom que isso está mudando.
A liderança depois da pandemia
Com o advento da pandemia, em que as pessoas foram forçadas a ficar em casa e muitas organizações se viram, de uma semana para a outra, com a necessidade de adaptar sua estrutura de atividades para um home office, o entendimento de liderança nunca esteve tão em foco nas organizações.
De uma hora para outra, aqueles líderes com a visão mais antiga perderam o controle total sobre seus colaboradores, monitorando horários, atividades, produtividade e prazos, e pior, sem saber se realmente estavam satisfeitos.
Outro fator também, foi a necessidade de montar uma estrutura não planejada nas casas, onde muitos não se adaptaram com a conciliação entre trabalho e família coexistindo mesmo local e ao mesmo tempo.
Supervisão não é liderança
A visão de liderança com o modelo tradicional em forma de pirâmide, com decisões top down, impostas de cima para baixo, já há algum tempo está cada vez menos evidente e, com isso, novas formas de liderança são mais notadas.
Agora o líder não é mais aquele que consegue simplesmente fazer sua equipe produzir, mas sim tirar de cada um o seu melhor, sem imposições, em função do potencial e dos limites de cada um.
O líder como desenvolvedor de pessoas
Como um maestro, regente de orquestra que não, necessariamente, domina um instrumento, mas sim consegue identificar no seu grupo quais são os melhores, e ainda ditar o ritmo, comandar a música, indicando a hora certa de cada instrumento iniciar, parar, subir o tom ou diminuir o ritmo, ou seja, é ele quem tem a habilidade de colocar as peças certas nos lugares certos e com isso deixar que naturalmente a música seja bem executada.
Outro exemplo é o timoneiro da equipe de remo, que não só dita o ritmo, sem efetivamente remar o barco, mas sabe em que posição cada atleta tem um melhor desempenho, mais à frente, mais atrás, do lado direito ou esquerdo, tirando o melhor de cada um e fazendo com que o barco vá na direção certa, orientando para qualquer tipo de correção a ser feita na rota inicial.
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