Tecnologia e dados para um RH mais estratégico e dinâmico
No universo corporativo, os temas centrais das conversas geralmente giram em torno de tecnologia e Inteligência Artificial. No entanto, pouco se discute sobre a importância dessas frentes na área de Recursos Humanos, onde as iniciativas ainda estão em estágio inicial.
Transformar processos manuais em digitais pode parecer um desafio, exigindo planejamento, conhecimento e, em alguns casos, investimento. Felizmente, a colaboração com empresas especializadas em tecnologia tem tornado essa tarefa mais simples e acessível.
Com o RH em constante transformação, impulsionado tanto por avanços tecnológicos quanto por aspectos governamentais que facilitam a gestão de equipes, o futuro desse departamento já está em andamento.
Original de Por Natalia Ubilla no Mundo RH
Análise de dados para melhorar a experiência do colaborador
O uso de dados é a base da modernização do RH. Se as decisões de negócios são orientadas por dados, por que não aplicar o mesmo princípio à gestão de pessoas? O método conhecido como People Analytics torna o RH mais estratégico, ajudando a identificar padrões, prever necessidades e implementar estratégias mais eficazes.
Esse movimento também tem sido essencial para aprimorar a Employee Experience (experiência do colaborador), que ganhou destaque nas empresas. Ao medir dados, é possível entender melhor como as equipes e os indivíduos se sentem, permitindo ações efetivas não apenas na retenção e atração de talentos, mas também no desenvolvimento de pessoas e lideranças que impulsionam os resultados do negócio.
As técnicas de data analytics podem ser aplicadas até mesmo com baixo ou nenhum investimento, utilizando planilhas ou formulários para agrupar as informações que a empresa deseja mensurar. Embora a tecnologia torne o processo mais ágil e assertivo, a chave para o sucesso é desenvolver uma cultura orientada por dados, capacitando as empresas a responderem aos desafios que surgirem.
Automação e Inteligência Artificial
A ideia de automação e Inteligência Artificial pode parecer complexa e distante da realidade de algumas empresas, especialmente no RH. No iFood, por exemplo, compreendemos essa dificuldade e, por isso, implementamos avaliações de desempenho, méritos e promoções por meio de algoritmos e Inteligência Artificial em cada ciclo.
Um exemplo é a Judite, um bot criado no Slack, que realiza esses processos de forma rápida e direta, enviando uma série de perguntas focadas nos pilares Futuro, Liderança e Cultura. Além disso, com o cruzamento de dados, conseguimos realizar uma avaliação 360 baseada em frequência e interações ao longo de todo o ciclo, envolvendo não apenas líderes e colegas do mesmo time.
Essa abordagem evita distorções e promove um processo mais justo e assertivo, proporcionando maior clareza sobre desempenho e feedbacks.
Iniciativas governamentais
Com o avanço da tecnologia, processos governamentais também foram atualizados e digitalizados, estando agora acessíveis na palma da mão ou a um clique no computador. Isso facilita a gestão pública dos dados, o trabalho dos profissionais de RH e o acesso dos colaboradores, que se tornam mais autônomos e reduzem a necessidade de intervenção de todos os agentes.
Entre as ferramentas disponíveis, destaca-se o eSocial, uma plataforma criada em 2014 pelo Governo Federal com o objetivo de unificar a entrega das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas de forma digitalizada. Isso facilita o reporte das informações do setor privado para o público, garante a conformidade das empresas com a legislação e reduz a burocracia e os erros nos processos manuais.
Outra opção significativa é a Carteira de Trabalho Digital, um aplicativo disponível para Android e iOS que simplifica o acesso dos trabalhadores às suas informações laborais, permitindo atualizações em tempo real e consultas rápidas, onde quer que estejam.
Gestão simplificada para o RH, autonomia para o colaborador
O mercado de benefícios evoluiu junto com a tecnologia. Um marco importante foi a substituição dos tíquetes de vale-refeição em papel pelos cartões eletrônicos em 2006. Essa mudança facilitou o processo para empresas e profissionais de RH, além de oferecer segurança e praticidade para os colaboradores.
Em 2017, benefícios flexíveis foram incorporados à legislação trabalhista, permitindo que um único cartão ofereça várias opções, como vale-refeição, alimentação, mobilidade, cultura, saúde, entre outros. Esse modelo, como o iFood Benefícios, oferece flexibilidade e autonomia aos colaboradores, além de facilitar a gestão do RH.
Testar (e errar) faz parte do processo
Pequenas e médias empresas podem achar que o futuro digital do RH ainda está distante, mas é importante lembrar que grandes companhias também começaram suas iniciativas de digitalização de forma gradual, aprendendo com erros ao longo do caminho.
É crucial entender o momento em que a empresa se encontra e quais são os próximos passos a curto prazo. Utilizar ferramentas gratuitas para iniciar essa jornada digital é uma ótima maneira de experimentar, errar e ajustar até atingir os objetivos desejados.
O futuro do RH é digital, ágil e focado no desenvolvimento e cuidado com as pessoas. Estar preparado para os desafios e oportunidades que surgirem com a inovação é essencial, assim como ser um agente de mudança dentro da própria área de RH.
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