Gerenciamento ágil de projetos
O PMBOK continua sendo a bíblia da gestão de projetos e o seu principal referencial, com seus 49 processos centrados em pessoas.
A sétima e última versão inclui princípios focados não só na entrega de valor, mas também no aprimoramento do relacionamento em equipes e no entendimento que melhorias só acontecem quando há abertura para mudanças.
O PMBOK é muitas vezes confundido com um método ou metodologia a ser seguido, e não é!
Na verdade, ele é mais um guia de padronização de processos, uma grande caixa de ferramentas, a maior e melhor que existe.
O PMBOK® sugere tudo que pode ser realizado para gerenciar um projeto do início ao fim, mas não diz como isso pode ser feito e em algumas situações não é muito claro na definição dos momentos ideais para cada aplicação.
Vamos tratar aqui dos principais pontos a serem observados tanto no PMBOK quanto nos métodos ágeis para gerenciar projetos de transformação com sucesso.
O PMBOK e os seus 12 princípios de gerenciamento de projeto
Servidão: liderar um projeto requer, além de competências técnicas, uma abordagem humilde, respeitosa e atenciosa com os membros de uma equipe;
Colaboração: para a entrega de valor, é fundamental que as equipes trabalhem em um regime colaborativo;
Empatia: é fundamental que gestores e líderes interajam com os stakeholders para compreender a fundo suas expectativas e necessidades;
Foco no Valor: ainda mais importante do que entregar no prazo, respeitando o orçamento, é agregar valor em cada projeto finalizado;
Pensamento Sistêmico: projetos não são “ilhas”, portanto, é necessário entender como diferentes projetos se articulam em um sistema dentro de uma organização;
Liderança: o sucesso não vem sem um esforço contínuo em liderar, motivar, aprender e treinar;
Tailoring (Adaptação): o conceito de “um tamanho serve para todos” ficou no passado, e hoje os projetos precisam ser adaptados a contextos mais específicos;
Qualidade: sendo a qualidade quase sinônimo de valor, é preciso garantir que as entregas atenderão aos padrões esperados pelo cliente;
Complexidade: em um contexto VUCA – Volatility (volatilidade), Uncertainty (incerteza), Complexity (complexidade) e Ambiguity (ambiguidade) – os projetos são necessariamente mais complexos de gerir;
Riscos: as ameaças e oportunidades que vêm de fora (ou de dentro) precisam ser gerenciadas e aproveitadas;
Adaptabilidade: estando as equipes e líderes em projetos expostos a diferentes ameaças e oportunidades, é preciso desenvolver a capacidade de se adaptar;
Resiliência e Mudanças: considerando todos os outros princípios, a mudança é algo positivo e necessário em um contexto de grande imprevisibilidade.
O PMBOK e o seu ciclo de vida adaptativo
Na sétima edição foram mantidas as cinco fases do ciclo original de gerenciamento de projetos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle, e encerramento, mas agora com o uso adaptativo necessário aos métodos ágeis e não mais com a rigidez do método cascata/waterfall.
O PMBOK substituiu as áreas de conhecimento por domínios de desempenho
Na edição anterior havia 10 áreas de conhecimento: Integração, Escopo, Prazo, Custos, Qualidade, Recursos, Comunicações, Riscos, Aquisições e Partes Interessadas.
Elas foram substituídas por 8 domínios de desempenho, que são:
Partes interessadas
Equipe
Ciclo de vida
Planejamento
Navegando na Incerteza e Ambiguidade
Entrega
Desempenho
Trabalho no Projeto
A sobreposição entre o PMBOK e o Scrum parte de algumas premissas
1. O Scrum pode ser aplicado a qualquer projeto que busque gerenciamento ágil;
2. O Scrum sozinho não resolve todos os problemas de projetos porque nem todos os projetos podem ser gerenciados 100% de forma ágil em todo o seu ciclo de vida;
3. O PMBOK e seus processos suas ferramentas e técnicas complementam e excedem as deficiências do Scrum.
Juntos, PMBOK e Scrum precisam garantir que:
1. Não se permita burocratização no gerenciamento;
2. Não se permita documentação excessiva ou desnecessária;
3. Não se realize nenhum processo desnecessário;
4. Não se permita lentidão nos processos e atividades de controle ou fora do foco do trabalho;
5. Não se permita que o gerente concentre poder.
O Scrum e seus sprints fazem toda a diferença na execução ágil
A metodologia Scrum foi proposta para executar projetos complexos em menor tempo e com o uso de menos recursos.
Focado nos membros da equipe, o Scrum torna os processos mais simples e claros, pois mantém registros visíveis sobre o andamento de todas as etapas.
Assim, os participantes sabem em que fase o projeto está, o que já foi concluído e o que falta ser feito para a sua entrega.
O Scrum é aplicado a partir de ciclos rápidos, chamados sprints, nos quais há um tempo determinado para que as atividades sejam concluídas – geralmente, entre duas e quatro semanas.
Balanceamento e escolha das ferramentas do PMBOK ou do Scrum
A escolha de ferramentas e técnicas dependem muito do ambiente específico e do tipo de projeto e da maturidade em gerenciamento de projetos da organização.
Será sempre responsabilidade de tomadores de decisão na gestão de portfólios e dos projetos escolher as ferramentas mais adequadas durante todo o ciclo de vida da iniciativa de mudança, desde a proposição da ideia de mudança até o gerenciamento dos resultados.
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