As maiores dores dos colaboradores são culpa da organização, da liderança despreparada ou de ambos?

A cultura organizacional se reflete no clima organizacional

Por Joel Solon Farias de Azevedo
Diretor da ProValore

Se a organização tem processos desalinhados, conflitos contraproducentes entre áreas e lideranças, muitas reclamações do público externo e interno e muita rotatividade com as pessoas pedindo pra sair de determinadas áreas, é o sinal de que as coisas não estão bem.

Vale para qualquer organização: não adianta nada ter quadros bonitos na parede com declaração de valores humanos elevados se na prática do dia a dia eles não são observados.

Culturas fortes tem comunicação clara, explícita e transparente e praticam reconhecimento criando oportunidades de crescimento, ofertando oportunidade de capacitação e escolhendo líderes com perfil adequado e alinhado aos propósitos da organização.

Políticas assim motivam e engajam colaboradores e contribuem diretamente para o aumento de produtividade.

Pesquisas indicam como as principais dores dos colaboradores:

Liderança não acessível, às vezes despreparada mesmo
Falta de reconhecimento ou sensação de injustiça nas promoções
Comunicação falha
Falta de clareza das metas e objetivos das equipes e pessoais
Assédio ou desrespeito a vida pessoal
Falta de oportunidade para crescer

É fácil perceber que a maioria das dores tem solução, que passa pelo desenvolvimento gerencial e pelo processo de seleção de gestores.

Fica claro que a atuação da liderança tem efeito positivo ou negativo associado diretamente ao clima organizacional e que, portanto, o investimento no desenvolvimento gerencial é essencial.

A liderança é determinante ao clima e aos resultados

David McClelland disse que o líder e a forma como ele exerce a liderança é determinante para a construção do clima organizacional e a sua percepção por meio de suas dores e seus prazeres.

As principais causas das dores resultam da atuação da liderança

Atuação inadequada dos líderes
Reconhecimento incompatível com resultados e esforços demandados
Pressão excessiva para obtenção de resultados
Incoerência entre propósito pessoal e atribuições profissionais
Desequilíbrio de atenção entre dimensões da vida pessoal e profissional
Relacionamento interpessoal inautêntico
Mudanças desestruturadas ou injustificadas
Desalinhamento de valores pessoais e práticas organizacionais
Competição exagerada ou desleal

As consequências, além do clima ruim (ele é a febre do sistema), são somatizadas nas dores relatadas pelas pessoas: angústia, ansiedade, arrependimento, depressão, desconexão, desconfiança, desespero, dúvida, exclusão, impotência, incerteza, insegurança, irrelevância, isolamento, medo, solidão, tédio e tristeza.

Mas o que fazer? Qual a atuação da liderança que deve ser considerada adequada? 

Não há fórmula ou solução secreta, mas há alguns caminhos conhecidos como:
Prática do reconhecimento como política da organização
Negociação, definição, cobrança e reconhecimento pelos resultados
Disseminação com clareza das estratégias organizacionais
Reforço das práticas e dos comportamentos incentivados, principalmente coerência na escolha das lideranças
Gestão das mudanças com comunicação clara dos propósitos

Inspirado a partir de https://ecosocial.com.br/as-dores-das-pessoas-nas-organizacoes/

E na sua organização? Você percebe alguma frustração entre os colaboradores? O que a organização está fazendo para melhorar?

Cursos relacionados:
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Liderança e Gestão de Pessoas
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Dimensionamento da Força de Trabalho – DFT
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