O problema não é o chefe que grita. É o que sorri, mas paralisa tudo.

liderança tóxica

O líder imaturo nem sempre é autoritário. Na verdade, ele geralmente se esconde atrás de um discurso bonito, mas é incapaz de sustentar processos maduros de gestão. Ele cancela rituais de acompanhamento porque acha “burocrático”, evita conversas difíceis porque “quer manter o clima bom” e vive reestruturando áreas sem nenhum dado ou critério técnico, só porque viu um post no LinkedIn ou teve “uma ideia genial no banho”.

Por Emerson Dantas, no LinkedIn

Esse tipo de líder adora a adrenalina do improviso. Age por urgência, desorganiza por vaidade, e confunde “liderar” com “controlar tudo”. Ele não entende o impacto de seus desvios nos processos e, pior: acredita que está sendo inovador.

Nestes 20 anos trabalhando com transformação de processos é o que mais vejo. Claro que tem uma questão cultural aqui: no Brasil, a escola de liderança não se assemelha nem ao período industrial, mas sim ao período feudal. As áreas funcionam como bons feudos e os gerentes, em muitos casos, agem como fazendeiros ou capitães do mato, pronto com uma arma na mão a quem ousar invadir ou investigar em seu território. Aconselho inclusive ler o livro “Ética e Vergonha na Cara!” do Cortella.

E por trás do discurso de “agilidade”, o que se vê são processos quebrados, áreas desmotivadas e resultados incoerentes.

A imaturidade estrutural se revela em atitudes como:

– Mudar metas no meio do trimestre

– Delegar sem clareza de escopo

– Ignorar indicadores de processo e tomar decisões por feeling

– Reorganizar times sem alinhamento com áreas de apoio

– Procrastinar decisões críticas esperando “melhor momento”

Esses comportamentos geram um ciclo destrutivo:

Líder imaturo trava processos → Processos travados desgastam pessoas → Pessoas desgastadas paralisam resultados → Resultados paralisados impedem o crescimento do líder.

Segundo o estudo Leadership Maturity Frameworks and Operational Resilience (Smith & Johansson, Organizational Systems Review, 2022), empresas com liderança imatura têm três vezes mais falhas em processos críticos e turnover 2x maior em áreas de apoio.

Se você lidera, reflita: sua gestão tem sustentação em processos, ou em impulsos disfarçados de inovação?

Se quiser romper esse ciclo, comece pelos fundamentos. Gestão se faz com clareza e com processos.

Quanto mais gente enxergar isso, mais chance temos de quebrar esse padrão.

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Escritório de Projetos – PMO
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